sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Poeminha #42

vejo ao meu redor, todas minhas crenças desmoronarem
as mesmas duvidas me questionam de novo,
minhas lágrimas já conhecem o caminho do meu rosto
e como de costume, não consigo senti-las
o sol brilha com a mesma intensidade mas já não me queima como antes
é como se fosse uma lua ardente, que está lá só para existir
descolorindo rostos,apagando lembranças
a única diferença, é que agora sofro sem entender o porque

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Poeminha #41

os olhares não se perdem mais,
somente palavras sinceras e sem encantos
a realidade sonhada pode ser cruel quando alcançada
não há lágrimas, nem alegria.
a dor se torna igual no barulho e no silencio
o sol se põe indiferentemente,
os gritos se escondem entre dentes
o desespero é domado por longas risadas
então anoitece, e o abraço evitado não sai da promessa

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Poeminha #40

dores acumuladas ,
sacrifícios são feitos pela ultima esperança
um grito no escuro desperta o sofrimento
daquela que não pode mais iluminar.
a solidão é cruel,
o tempo sempre é curto,
segredos são imunizados pelo choro abafado
no meio do abraço apertado.
que é a única fonte de alegria ainda existente
mas é o suficiente para sustentar a guerreira
que nunca se permite desistir

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Poeminha #39

em um brechó de palavras usadas,
tento completar minhas frases
mas elas já estão rasgadas e
não sustentam o calor essencial
dentes continuam a mostra sem nenhuma razão real
o fogo se torna superficial
meus joelhos encontram o chão
e a dor de não se queimar,
é a pior que já provei.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Poeminha #38

ao chegar no fundo,
seus restos se transformam em palavras .
mas antes de voltar ao topo, se modificam pela honra
o ruim não fica pra traz
simplesmente se escondem entre risos e lágrimas inexistentes
a sensibilidade escapa facilmente
e a descoberta é feita:
poetas não choram,escrevem

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Poeminha #37

Usamos palavras como armas,
aconteceu, e nos machucamos.
obrigados a nos proteger de nos mesmos,
resgatamos a verdade,
finalmente queimamos as mascaras.
Lágrimas caem suavizando a dor
não há mais espaço para cortes,
sem ter o que dizer, a noite se cala
e a paz adormece ao meu lado.

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Poeminha #36

ele é a melhor companhia pra fazer tudo
ou nada.
ele diz que não,
mas conhece as palavras certas pra animar qualquer um
como se tivesse um segredo por traz do seu sorriso
é encantador observa-lo e tentar desvenda-lo
seu olhar inquieto não consegue fixar-se em você por muito tempo
mas quando consegue, mesmo que seja por poucos segundos,
você se sente emocionalmente aquecida,como se ele te abraçasse com os olhos
e é tão incrível sentir ele por perto,
mesmo que não esteja ao seu lado,
o acompanhar com o olhar já é o bastante
e a voz, aquela que se entrega,
acalma a agonia que antes era eterna.