terça-feira, 30 de setembro de 2008

Poeminha #50

não precisa esconder que doeu,
esses sentimentos não vão fugir só porque te machucaram.
assim que você fechar a porta do seu quarto,
assim que você se encontrar sozinho,
aquelas doces lembranças voltarão,
assim como elas me atormentão, elas te atormentarão,
e vão servir apenas para te deixar mais amargo.
quando volto a analisar seus passos,
descubro que o motivo da minha magoa
não vem do seu sorriso de pregos,
mas sim do motivo que te leva a fazer isso,
porque na verdade, esse riso por dentro é oco
e com um olhar posso quebra-lo,
mas não posso me esquecer que este olhar será auto-destrutivo,
porque olhar nos teus olhos é pedir por mais tristezas.

domingo, 28 de setembro de 2008

Poeminha #49

agora minha visão do céu se limita a janelas fechadas,
o sol já não me alcança como antes,
e nas noites que as estrelas perdem sua vontade de brilhar,
fico na duvida se elas ainda existem.
não mais motivos para respirar fundo
pois você levou consigo o cheiro que me acalmava.
vejo crianças brincando,
mas não escuto seus risos
pois aqui dentro meus gritos me privam de ouvir algum outro som.
meu sorriso não está mais escondido,
agora ele sumiu para sempre,de verdade.
mesmo que eu tente,não como sair
no meu desespero,forço um pouco ,
então a maçaneta fica na minha mão,
e minhas esperanças fogem pela vão da porta enferrujada.

domingo, 21 de setembro de 2008

Poeminha #48

quando a verdade é descoberta,
me pergunto pra quem eu menti além de mim mesma
e simplesmente não há respostas
corações foram quebrados,
até mesmo aquele que não veio com aviso de 'frágil'
quando o erro é meu, não do que fugir
não há saídas suficientes para tantos conflitos
estou em um corredor com portas que só me assustam
a humilhação virou 'bom dia'
e o pior é que vem de dentro e por fora só é confirmada
aquela empolgação de viver desaparece
o futuro já tem forma
só me resta a melhor, que sinceramente, não existe.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Poeminha #47

é só te ver sorrir
que todos meus medos se afastam
sem perceber,estamos juntos novamente
o tempo nunca é o bastante
e a luz se apaga sem avisar
sinto um calafrios quando reflito sobre nos dois
tento aceitar que todas tentativas são em vão
mas sua tristeza me confunde.
e mesmo estando com frio,
durmo na vontade de te aquecer mais uma vez.

domingo, 14 de setembro de 2008

Poeminha # 46

assim que me pego pensando em você
consigo sentir um sorriso surgir em meu rosto,
mas quando começo a ver a realidade,
meu riso vai se torna inalcançavel
e as lágrimas mais frequentes
sem perceber, começo a sumir aos poucos
vivendo para uma fantasia,
perdi a luz que hoje, me pergunto se algum dia existiu.

sábado, 13 de setembro de 2008

Poeminha #45

queria uma rosa na qual os espinhos não me arranhassem,
queria um mar onde as ondas não me derrubassem,
queria uma vela em que a chama não me queimasse,
queria um amor que as lágrimas não me estristessessem
e se algum dia todos meus quereres se realizassem,
eu suplicaria uma vida de sonhos menos alcançáveis

Poeminha #44

voltando naquele momento,
me sufoco com imagens perdidas
elas estão onde não deveriam estar,
ao revê-las de novo e de novo sinto um leve enjoo
mas com minhas expressões presas,
só consigo esconder as lágrimas dentro do meu riso
e quando meus olhos te encontrarem novamente,
espero que elas não fujam de mim,quebrando meu sorriso remendado

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Poeminha #43

imprevisível e indesejada
a dor é, antes de tudo,
nescessaria para conhecermos o nosso lado mais sincero
ao olhar para traz e ver tão poucas fotos ao lado de quem agora,sentimos falta
pensamos com quem devemos ser fotografados hoje,
numa fútil tentativa de consertar o amanha
tentando evitar o inevitável
e completando os nossos erros