quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Poeminha #94

não importa quantos risos eu tenha
a noite é sempre igual
deixo eles de lado
e o vazio aparece
qual a razão de sorrir
se você não pode ouvir?
perdi a minha única certeza
minha melhor verdade
eu chorava, você me abraçava
se sorria, você era o motivo
eu amava, você sentia
como um reflexo, uma extensão
depois de tudo, o nada
abro os olhos e você não está la
não existe mais "nós"
e a noite continua

Poeminha #93

tenho uma caixa de segredos
onde guardo minha historia
seu amor está lá
prestes a viras passado
tentei tranca-la antes que aconteça
mas parece inevitável
me pergunto agora
como que posso guardar tudo aquilo
planos, sonhos, nosso futuro
em uma velha caixinha?

Poeminha #92

você sempre sorriu,
mas nunca esteve aqui
é fácil enganar
quando ninguém reconhece
todas aquelas perguntas
eram apenas curiosidade
nunca houve preocupação
e agora nem isso.
fiz o impossível
para acabar sem nada
e ninguém repara

Poeminha #91

já estava remendado
e quebrou novamente
e as sobras agora são
pedaços de amor não dissolvidos
que ficarão aqui para sempre
como uma lembrança que arde
um buraco sem fundo
que não será preenchido, nunca mais
quando apostamos todo o amor
o risco é perder tudo
e eu ganhei um vazio eterno