segunda-feira, 24 de maio de 2010

Poeminha #83

ele vem,implacável
como uma criança que não sabe cuidar de seus brinquedos
basta uma frase
pra reacender todas malditas esperanças
e será mais um mês gasto em recuperação
sempre insuficiente
mas nunca permanece em branco
tudo mudou mas continua igual
já tentei correr de tudo isso
mas não consigo realmente fugir
é só lembra que volto atrás
isso me deixa doente
da pior forma possível
um coração não se cura tantas vezes
e estou ansiosa pela ultima

Poeminha #82

um peso sobre os ombros
foi o resultado
de um amor maltratado
como magica, virou ódio
maldita seja a rotina
aquela foto,estamos sorrindo
e você não estava forçando
estava?
o fim passou aqui despercebido
no meio de um abraço não reciproco
eu fui atingida,e cai
entre memorias e remorsos
que levam meu sono embora
mas deixam as lágrimas de companhia
e nem me importa mais em limpa-las
pensei que já estava no fundo
mas desespero me puxa mais pra baixo
e ainda estou caindo

Poeminha #81

Tão superficial,
não deixou cicatrizes
saiu ileso
só com algumas canções e mais nada
enquanto o resto continua forte
nós nem deixamos rastros
com medo de cair mais, paramos de andar
só me resta perguntar
foi tão indiferente assim?
voltamos ao inicio
que soa mais como fim

Poeminha #80

já andei pelos quatro cantos
e provei de todos tipos
nenhum compara
sequer chega perto
é ousadia pensar
que um dia vai passar
não que seja profundo
só é forte o bastante pra não ir embora
bom suficiente pra ser permanente

Poeminha #79

cada respirar de hoje
é um a menos amanhã
cada manha que abrimos os olhos
é um por-do-sol a menos
o que nos tira a vida
também nos mantém vivos
morremos um pouco a cada dia
restando menos e menos
aproveite o ar que ainda consegue respirar
que mesmo sendo o veneno
sem ele o amanha vira hoje.